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Conheça todos os processos envolvidos no acontecimento de um voo

publicado: 22/08/2024 11:53

 




Surgiu um compromisso ou você decidiu viajar nas férias. Basta comprar as passagens, arrumar as malas e partir. Mas, você já imaginou o que acontece entre o piloto e os órgãos de controle dias antes da sua chegada ao aeroporto? Gerenciar o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), que conta com instalações de controle em mais de 100 municípios brasileiros, espalhados em 27 estados da federação, é uma responsabilidade do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

Através de suas unidades subordinadas, o DECEA disponibiliza cartas de navegação aérea, equipamentos de auxílio à navegação aérea, e compartilha com seus usuários os dados meteorológicos e as condições de pista dos aeroportos.

Antes do voo, o piloto, ou o despachante, realiza o preenchimento do Plano de Voo através do Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos – o SIGMA. Este planejamento indica informações sobre a aeronave e a tripulação, data e horário desejados para voar, cidade de partida e o destino aonde se quer chegar. “As empresas aéreas, que possuem voos regulares, enviam o Plano de Voo Repetitivo (RPL) com cerca de uma semana de antecedência. Já os pilotos e despachantes enviam o Plano de Voo (FPL) com 120 horas de antecedência máxima, até 30 minutos de antecedência mínima”, conforme explicou o Chefe da Seção de Projetos do Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea, Capitão Diego Fernandes Ivantes.

A validação dos Planos de Voo é feita pelos Centros de Informações Aeronáuticas (C-AIS), que atuam a partir do cruzamento de dados de diversas instituições, como uso das comunicações aeronáuticas, fiscalização de aeronaves e pilotos, que devem estar sempre com suas respectivas documentações em dia.

Após o plano aprovado, outros profissionais farão o monitoramento e controle, garantindo a segurança da tripulação e dos passageiros a bordo.

O DECEA administra o espaço aéreo territorial e o sobrejacente à área oceânica, totalizando 22 milhões de Km². Neste espaço, há uma série de eventos ocorrendo ao mesmo tempo: voos comerciais, particulares, militares, de drones, etc.

Portanto, para desenvolver suas atividades, o DECEA conta com unidades subordinadas estrategicamente distribuídas por todo o território nacional. São cinco órgãos de controle, sendo quatro Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo, mais o Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo – Sudeste, o CRCEA-SE.

Cada um deles, conta com uma série de Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo – os DTCEA – que possuem radares de vigilância que se integram e cobrem o espaço aéreo nacional sob responsabilidade do DECEA.

O Controle do Tráfego Aéreo é divido em três fases. A Torre de Controle é responsável pelo taxiamento até à autorização da decolagem. Quem assume o gerenciamento dos voos na fase de saída, é o Controle de Aproximação (APP). Quando a aeronave atinge o nível de cruzeiro, que é quando o avião está em rota, quem fica em contato com o piloto é o controlador do Centro de Controle de Área (ACC). Chegando perto da Terminal do aeroporto de destino, o Controle de Aproximação da região assume e acompanha a chegada. E, novamente, o pouso e o taxiamento ficam por conta da Torre de Controle local.

Desta forma, o DECEA está pronto para absorver as crescentes demandas do tráfego aéreo e cumprir a sua missão de “Contribuir para a garantia da soberania nacional, por meio do gerenciamento do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro”.

Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Texto: Aspirante Fernandes
Revisão: Capitão Aviador Rodrigues
Foto: Fábio Maciel