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CINDACTA III incentiva decisões colaborativas junto às cias aéreas

publicado: 03/02/2010 08:26

 




Diariamente uma série de aeronaves cruza o céu do País com destino às belas capitais do Nordeste. Boa parte vai mais além, e segue adiante em longas travessias oceânicas, cruzando o Atlântico, como é o caso das aeronaves que usam o cada vez mais demandado corredor EURO-SAM, que nos une à Europa, por meio de aerovias.


Seja na ida, seja na volta, ou mesmo nas fases de planejamento, as empresas aéreas que atuam em todas essas rotas tem algo em comum que lhes é imprescindível em cada etapa de suas ações: o Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e de Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III).


Responsável pela vigilância e pelo controle da circulação aérea geral de uma região que abrange o Nordeste do País e uma extensa área do Oceano Atlântico, totalizando mais de 13 milhões de quilômetros quadrados, a organização militar abarca em sua área de jurisdição um importante e, cada vez maior, fluxo de tráfego aéreo.


Elemento catalisador de planejamentos e ações de inúmeras companhias aéreas nacionais e multinacionais que usam seus serviços no dia-a-dia, o CINDACTA III promoveu a primeira Reunião para o Desenvolvimento de Ações Colaborativas no Controle do Espaço Aéreo (RECDACTA). Na ocasião, a unidade recebeu representantes das mais importantes organizações da atividade em atuação no País, para abrir ao diálogo questões afetas às atividades e aos planejamentos dos usuários que operam ou sobrevoam as áreas sob sua responsabilidade.


O encontro, realizado no auditório da unidade no dia 29 de janeiro, traduziu-se num importante espaço para o congraçamento e debates acerca de tudo o que o Centro Nordestino influi no cotidiano dessas organizações - e vice-versa -, estimulando a participação de todos os membros da comunidade ATM (acrônimo em inglês para “Gerenciamento de Tráfego Aéreo”).


 


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Primeiro evento do gênero realizado pela unidade, a RECDACTA teve por intuito reforçar o processo de decisão colaborativa, preconizado pela OACI e que já vem sendo a algum tempo adotado e estimulado pelo DECEA, órgão central do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.


Para o Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Ramon Borges Cardoso, é imperativo ressaltar que a organização está interessada em verificar o que está acontecendo no espaço aéreo com um todo, não apenas do ponto de vista de quem está controlando, mas também do ponto de vista do usuário. "O que falta para que o usuário possa nos passar o que o está incomodando? O que falta ao DECEA para que ele se comunique um pouco melhor com os usuários?”, indagou o Brigadeiro, propondo a reflexão dos presentes e reforçando a necessidade de um processo de articulação interativo.


Ainda segundo o Brigadeiro, esta necessidade torna-se mais essencial dado o atual estágio de transição por que passa o transporte aéreo brasileiro. "Estamos saindo de um sistema baseado em auxílios terrestres e de comunicação por voz, para um outro sistema baseado em comunicações e navegação via satélite e comunicação por dados. Não é de uma hora para outra que se faz isso. Requer prática das tripulações e dos nossos controladores", afirmou.


Após o discurso de abertura, o comandante do CINDACTA III, Coronel-Aviador João Batista Oliveira Xavier, apresentou aos convidados a unidade, descrevendo a história, a missão, a área de jurisdição e a estrutura básica do CINDACTA e de seus 15 Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA) - unidades regionais subordinadas, instaladas em diferentes municípios.


Em substituição ao chefe de Operações do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), o Tenente-Coronel Aviador José Vagner Vital, chefe da Divisão de Operações do CINDACTA III, falou, em seguida, sobre o gerenciamento do fluxo de tráfego aéreo no Brasil e seu relacionamento com a garantia da segurança operacional. Vital também apresentou aos representantes das empresas aéreas ideias e conceitos sobre o processo de decisão colaborativa.


As questões relativas às novas ferramentas de comunicação e vigilância aérea, procedentes do moderno conceito CNS/ATM, em fase de implementação no Brasil, foram abordadas pela gerente de negócios de ATC Aircom da SITA (Specialists in Air Transport Communications and IT Solutions), Adriana Mattos.


Na ocasião, foram detalhados o funcionamento do CPDLC (Comunicações entre Piloto e Controlador via enlace de Dados) e do ADS-C (Vigilância Dependente Automática por Contrato), bem como apresentadas as atividades da SITA aos convidados.


Por fim, as ações de Gerenciamento de Tráfego Aéreo e de Comunicações da divisão de Operações do CINDACTA III foram tratadas pelo Tenente-Coronel-Aviador Mario Luis Ribeiro dos Santos, chefe do Centro de Operações Integradas da Unidade. Ocasião em que fez questão de abordar os serviços executados pelo CINDACTA III, que podem influir nas atividades desempenhadas pela empresas aéreas e pelos permissionários de EPTA (Estações Permissionárias de Telecomunicações e Tráfego Aéreo). Ao final da série de palestras, os participantes foram convidados para um coquetel de confraternização no Salão Nobre do CINDACTA III.


 


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Para um dos representantes das companhias aéreas presentes, o gerente de aeroportos da Air France, Antônio Jorge Assunção, eventos como este geram resultados muito positivos. “Louvo esta atitude do CINDACTA III (...) é a participação de todos para o alcance dos resultados", declarou.


As palavras de Assunção vão ao encontro da afirmação do diretor-geral do DECEA, que sintetiza a relevância da manutenção destas iniciativas. "Não há outra maneira de trabalharmos num sistema integrado, se não houver a decisão colaborativa entre o órgão provedor e os usuários do espaço aéreo com um todo” - declarou o Brigadeiro Ramon.


 


Assessoria de Comunicação Social do DECEA (ASCOM / DECEA)

Daniel Henriques Marinho – danieldhm@decea.gov.br

Fotos: Luiz Eduardo Perez